Quantas vezes cheguei perto para falar e não
consegui
Quantas vezes meus olhos falaram e você nem
ligou
Quantas vezes minhas mãos chamaram e você
nem se importou
Minha vontade de contar coisas bonitas ia
morrendo...
Meus olhos iam se apagando...
Minhas mãos iam silenciando...
E eu me sentia só, num mundo que não era meu...
Aos poucos fui nascendo novamente...
Aceitando seu mundo...
E descobrindo nele coisas maravilhosas:
A existência do som, da palavra, das cores...
Só não consegui identificar a sua voz...
Aprendi que as folhas falam quando o vento sopra...
Aprendi que a água canta quando cai...
Sozinha, nunca liguei o ruído à fonte sonora,
Só descobri tudo isso quando alguém me contou...
Que maravilha!
Aprendi que a água canta quando cai...
Sozinha, nunca liguei o ruído à fonte sonora,
Só descobri tudo isso quando alguém me contou...
Que maravilha!
Mas...
Sinto muito por quem:
– nunca teve tempo...
– nunca olhou para uma criança para ver algo diferente...
Não percebe que ela precisa:
– da sua atenção,
– da sua palavra,
– da sua compreensão
e do seu AMOR.
– da sua atenção,
– da sua palavra,
– da sua compreensão
e do seu AMOR.
Por Shirley Vilhalva, Pedagoga Surda
Extraído do Livro "Despertar do Silêncio"
Link do Livro em PDF: http://editora-arara-azul.com.br/pdf/livro1.pdf
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